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Setor contábil aposta em novos modelos

Silvinei Toffanin, sócio diretor da Direto, participou de uma reportagem veiculada pelo jornal DCI – Diário Comércio Indústria & Serviços, sobre os novos modelos de gestão de um escritório contábil, confira!

Data da publicação: 25/04/2017

Artigo original: DCI – Diário Comércio Indústria & Serviços

 

Setor aposta em novos modelos

Franquias, aquisição de carteiras, parcerias e investimentos em tecnologia para processos de baixo valor agregado ganham espaço no segmento para fortalecer marcas e elevar receitas

Franquias, associações em rede e o uso maciço de tecnologia fazem parte da estratégia de um número cada vez maior de escritórios contábeis.

“Os profissionais passaram a ter uma visão mais empresarial do seu negócio”, conta Hélio Donin Júnior, diretor de educação e cultura da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon).

Foram as dificuldades de gestão que levaram a NTW Contabilidade e Gestão Empresarial a apostar em franquias. Criada em 1989, a empresa enfrentou dificuldades até desenvolver um sistema de gestão próprio para prestar serviços para distintos segmentos. “É comum o contador dominar a técnica, mas não desenvolver com eficácia ações de prospecção para construir uma boa carteira de clientes”, diz Ricardo Aguiar, diretor executivo da rede NTW.

Para Aguiar, a NTW se tornou uma boa opção neste sentido, pois é uma marca conhecida em vários estados e conta com modelos estabelecidos para atender empresas de diversos portes. De olho nesta situação, a organização resolveu abrir, em 2010, a primeira franquia do escritório. “Resolvemos aproveitar o nosso know-how e ampliar a nossa atuação”, comenta Nathaniel Pereira, sócio-diretor da NTW Contabilidade. Atualmente com 52 unidades, a empresa quer chegar a cem até o fim do ano.

Outra empresa que resolveu apostar no ramo de franquias foi a ContabExpress. “Como já atuamos em outros setores de franquia, surgiu a ideia de entrar também no ramo contábil”, afirma Fabio Cheung, gerente de marketing da ContabExpress. Em um ano, a empresa lançou 19 franquias e prevê faturar cerca de R$ 8 milhões neste ano. O investimento inicial varia de R$ 15 mil a R$ 45 mil, com faturamento médio mensal de R$ 24 mil e prazo de retorno do investimento a partir do décimo mês. “O franqueado fica na linha de frente da operação e repassa as demandas para a franqueadora, que conta com os profisssionais especializados para realizar a prestação do serviço”, explica Cheung.

A aquisição de carteiras de escritórios menores com a conversão para a bandeira do escritório foi a estratégia adotada pela Direto Contabilidade, Gestão e Consultoria. “Não descartamos o modelo de franquia e acreditamos que entre 2018 e 2019 será possível implementar esse processo”, explica Silvinei Toffanin, diretor da empresa.

 

Fusões e aquisições:

“Há uma tendência de fusões de empresas de contabilidade, como ocorreu no passado com os bancos e empresas de tecnologia. Reunir a expertise das empresas e, assim, melhorar a prestação de serviços para os clientes”, comenta o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), Márcio Massao Shimomoto.

Segundo especialistas, outra tendência para o setor é investir em sistemas e tecnologias que facilitem o preenchimento e envio de prestação de contas ao Fisco. Assim, os profissionais da contabilidade poderão voltar à finalidade inicial deste serviço: contribuir com informações para que o gestor possa direcionar melhor o seu dia a dia. “Hoje gasta-se muito tempo com burocracia tributária, mas isso tudo será resolvido com a tecnologia e adoção da simplificação tributária”, comenta o presidente do Sescon-SP.

A tecnologia tem sido uma forte aliada na prestação de serviços contábeis e parte dos processos realizados por esses profissionais já feita de forma on-line. “Já prestamos serviços on-line para clientes menores e ramos específicos, mas é importante ressaltar que é necessário seguir as normas do órgão regulador também para a prestação do serviço on-line”, afirma Toffanin.

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